19/03/2010

Vida:



Não me leves para aqui a próxima sexta-feira, que não é preciso.

Fofinhos,

Esta ausência é justificada, e a justificação é plausível. Em breve explicarei este súbito abandono aos meus leitores (Mundo, está aí alguém?). Se não estiver não peço desculpa, óbvio.

Pronto, depois desta tãoo concreta explicação parece que hoje já podem ter uma noite tranquila sem pensar nas minhas não-aparições que tantas noites em branco vos têm oferecido.

Deixarei de ser um diabrete malvado!

10/03/2010

A morada deste moçoilo, alguém conhece?
Precisava de lhe dizer umas coisas, que gosto dos filmes, pedir-lhe para casar e coisas afins.
Não é médico como eu tenho na lista do perfil do meu futuro marido, mas tendo em conta a profissão não há de ser difícil imitar um. E de batinha branca deve ficar uma delícia.
Oh Hugo, o quanto me atormentas!

09/03/2010

Quem disse que não sabe bem uma directa a trabalhar num projecto de Direito Europeu dos Direitos do Homem? Só me falta perceber se tenho legitimidade activa para apresentar uma petição contra o Estado Português, nomeadamente o Doutor Armando Rocha, por violação do art. 3º da Convenção e do meu direito ao sono, que se não está previsto nos protocolos adicionais deveria estar. Visto isto, dormirei, que às vezes também é preciso.

08/03/2010

8 de Março, 010.


Parabéns, mulheres de Portugal! Hoje é o nosso dia. Uau.
Temos a honra de ter um dia em nosso nome por sermos tão frágeis e especiais. Hm... porque é que não há um dia do homem, então? Por ser tão forte e machão?(alguns). Não percebo porque é que temos de ter um dia! É para virem os homens dar-nos festinhas na cabeça? “Coitadinha, é mulher. Tão sofredora, tão desigual...”
DISCRIMINAÇÃO. Não há direito, estes bandidos, devem achar que precisamos de um dia para nos darem palmadinhas nas costas só porque sofremos de dores de parto e choramos mais vezes/ano.
Mas as flores que estão a dar no metro são bonitas. Que orgulho em só nos darem a nós. Mas IGUALDADE meus senhores, o que é que vem a ser isto? Até parece que não tenho flores em casa se me apetecer. Porque é que dão às mulheres? Acham que são tão frágeis que partem uma perna até à florista, é?
HIPÓCRITAS, não vêm que somos todos iguais?
As mulheres, os homens, os gatos... O meu cão coitado também queria um malmequer e ninguém lhe deu. Onde é que está a tolerância meus amigos?
Não percebo não percebo. Porque é que não pode haver um dia do mosquito, que coitadinhos também são criaturas de Deus!
E aquando desta controvérsia do casamento homossexual ainda tentei pedir para me casar com o meu cágado, que ainda por cima é bem másculo, e o excelentíssimo Primeiro-Ministro nem se dignou a responder-me à petição! Fiquei extremamente injuriada, então onde é que está a LIBERDADE e o controlo que posso ter da minha vida? A organização da vida social e a pirâmide etária portuguesa e o índice de envelhecimento neste pais não interessam a ninguém, por amor da Santa.
Posso escolher entre beber um sumo de abacaxi ou matar o meu rebento e não se dignam a dar-me a hipótese de escolher entre levar um homem e o meu lindo cágado ao altar?
Sinceramente. Este mundo está com a cabeça no epicentro da Terra e os pezinhos tocando nas nuvens.
Agora esta, do Dia da Mulheeeer (uuhh) está-me a intrigar. Vou requerer formalmente um dia para o meu cágado, para ver se o Sócrates lhe compensa os danos morais e traumáticos que a negação de se casar com a sua amada lhe causaram naquela carapaça adorável.
 Parabéns aos maluquinhos e revolus que estão neste barco, hoje merecem um abraço amigo meu. Mandem-me as vossas moradas se possível, que com todo o gosto vos enviarei uma florzinha como as do Metro e um postal do Che Guevara assinado pela linda Inês.
Só uma pequena achega meus amores: de discriminações positivas, já ouviram falar?
E dá para haver sossego hoje na Av. da Liberdade por favor? Adorava conseguir passar lá de carro. Por volta das 17h.
Obrigada.

07/03/2010

Não sei qual dos dois, Tim Burton ou Charles Lutwidge Dodgson tem mais pancada, e maior percentagem de ácidos no sangue em horário laboral. Óptimo, óptimo, que mim gostar muito do projecto final.

''Alice in wonderland'' é uma mistura de fiolosofias, excentricismo, cor e magia alucinante. É passado num mundo inimaginável senão nos sonhos. Nascido de um sonho que, repetitivamente e sem porquê, se manifesta na mente de uma miúda de 20 anos.
Sim, já devia era ter idade para ter juízo, em vez de pensar no Johny Depp vestido de palhaço ou num coelho com um colete, pensam vocês. E cair num buraco numa árvore no dia do próprio pedido de casamento? Já vi desculpas melhores, Alice (atenção, ninguém disse que não é uma boa ideia).

Para todos os efeitos, e independentemente da idade, este filme recordou-me uma tendência curiosa que o Homem tem em se refugiar no seu próprio mundo. A mim por acaso dois gémeos gordos nunca me apareceram. Mas o Johny Depp não era mal jogado. Nisto foi esperta, a pequena.

Tentação perigosa por vezes esta de nos isolarmos no nosso mundinho. E que retrato espectacular faz dela esta história.
Não querer voltar, ou não saber distinguir. O que é real, afinal de contas? Esta vida, a próxima? Os sonhos, a realidade? O que tocamos, o que sentimos? O que pensamos? As ideias, o passado, o presente, o futuro?

Eu também entrava em paranóia, se no meu sonho tivesse o Johny e na real um ruivo feio e chato. Não sei se queria acordar. Fazia cara ou coroa e a moeda que escolhesse.

Já estou como o Matrix ou o Avatar. Parece infinito, este dilema entre a dura e crua realidade e o fantástico sonho. Uma questão a discutir, e a filosofar. Mas não por mim, que tenho de entregar um trabalho de alto calibre terça-feira.

Para mim, o momento surpreendente e alto do filme foi a decidida atitude que o autor desta história escolheu que a protagonista tomasse. No momento de escolher, enfrentamos ou não o despertador, até aquele chanfrado decidiu a Vida. The real one, a dura mas concreta. Talvez só tenha acabado assim o filme porque lhe acabou a droga, mas não deixa de ser um final interessante.
Os problemas e a vida, são para enfrentar de frente. E Tim, muito maluco muito maluco mas alucinado não estás, que bem te encheste com este filme, espertalhão.
O sonho, a wonderland, a droga e a loucura fogem do caminho de terra que percorremos. Mas são inspirações de que precisamos para ter força para andar. (pessoalmente dispenso a droga, obrigadinha).

E quem disse que não dá para sonhar acordado? E ser feliz nesta vida?

A título final, e para esgotar estas filosofias baratas, adorei e aconselho a película. Além disso, os óculos são bonitos. É um efeito engraçado ver tanta malta em pleno Março fechada dentro de um cubo escuro com tal acessório. Parece que estamos todos num solário colectivo. O melhor lugar para apanhar integralmente o panorama é na primeira fila. Juro! Ou pelo menos assim arranjei uma maneira de me conformar com o facto de serem os únicos lugares disponíveis.
Estou feliz com esta ideia.

Duas conclusões para este fantástico filme.
A primeira: há inevitavelmente e sem excepção, uma criança em cada um de nós; a segunda é uma mera confirmação de um facto que já há muito tempo desvendei: há gente muito louca neste mundo. O que não é necessariamente mau. Agora filosofem sozinhos.

- Have I gone mad?
- I'm afraid so. You're entirely bonkers.
  But I'll tell you a secret. All the best people are.

06/03/2010

Só tem piada à 6ª vez. Boa sorte


Aconselho vivamente que percam 5 minutos do vosso dia a ampliar a capital da Coreia do Sul, e a compará-la em termos de luminosidade com a Coreia do Norte, no Google Maps.
Para os que estão a pensar ir à Nortenha nos próximos tempos, que provavelmente não é nenhum, já que só lá entram uns 80 por ano, um segundo aviso: pensem duas vezes, porque aquele anão é um chanfrado e pêras.
Se fosse cientista/neurologista raptava-o para lhe examinar o cérebro ou o crânio ou o que é que ele tem lá dentro. E depois via isto, só para me rir mais um bocado. Embora seja um vídeo extremamente idiota.